quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Encantos Para Sempre

Questões.

1. Qual a relação que se pode estabelecer entre autoria individual e os Contos de Fadas?
Durante séculos e séculos as pessoas contavam histórias, algumas reais e muitas inventadas, essas histórias iam longe, e cada um que a contava aumentava um pouco, foi ai que surgiram os contos de fadas.
Só que estas histórias não eram escritas, durante gerações elas apenas eram contadas para as pessoas.
A autoria individual surgiu quando alguns audaciosos tiveram coragem de se expor, descrevendo suas idéias, e publicando-as oficialmente.

2. De acordo com a autora, na p. 75, por que as pessoas contam histórias?
Segundo a autora deste muito tempo contavam-se histórias baseadas em contos populares. Elas eram as formas de entretenimento nas longas noites sem energia elétrica.
Por trás de uma história há sempre um contexto e através desta contação é possível transmitir simbolicamente a realidade. E como diz a autora “As pessoas contam histórias para tentar entender a vida, sua passagem pelo mundo, vendo na existência alguma espécie de lógica”.

3. Qual a posição da autora em relação às adaptações dos Contos de Fadas?
A autora nos coloca que nos contos de fadas, existem as adaptações com o intuito de censurar e exercer poder sobre as crianças. Onde os adaptadores não revelam grandes doses de sensibilidade ou inteligência para lidar com um material tão precioso. Essas versões, em nome do moralismo, do didatismo, do realismo ou do “politicamente correto” caracterizam-se como obras de alguém arrogante ou ignorante.
Os autores originais, geralmente gente do povo, despretensiosos, presta­ram um imenso serviço cultural à humanidade, preservando esse riquíssimo acervo de contos populares até os nossos dias. Não está cer­to que agora um candidato a autor ou pretenso pedagogo se invista unilateralmente do poder de modificar essa criação, e queira fazer crer a todas as gerações posteriores que são melhores do que os originais — Em alguns casos, a intromissão não se limita a apenas cair no ridículo, mas chega a extremos perniciosos. Como numa ver­são que pasteuriza o abandono de João e Maria na floresta (assim poupando os pais do papel ativo e terrível que desempenhavam na versão tradicional) e, com isso, faz com que as crianças se percam por serem desobedientes e passem a ser as únicas culpadas de todos os males que lhes acontecem. Como se fosse possível, responsabilizar única e verdadeiramente as crianças com intuito de doutriná-las.


4. A partir da sua experiência docente, aponte como tem sido para você trabalhar com os contos de fadas na sala de aula.
Sabemos que muitos docentes nos dias de hoje abandonaram totalmente em seu planejamento o trabalho com contos de fadas, acreditando que estas são historias do passado, sem ligação alguma com o presente.
Mas como cita Ana Maria Machado em seu texto Encantos para sempre: ...”Os contos de fadas continuam a ter muito que dizer a cada geração, por que falam de verdades profundas, inerentes ao ser humano”.
Trabalhar com contos de fadas na sala de aula é uma das atividades mais prazerosas que um docente pode oferecer a seu aluno, pois tem certeza que conseguirá obter ótimos resultados com as atividades que serão realizadas.
Os contos de fadas levam a imaginação da criança para outro mundo, onde não existe discriminação social e racial, desenvolvendo assim o raciocínio e a imaginação, passando a ser alguém totalmente diferente do que é em seu cotidiano.
As crianças passam também a aprender a vivenciar com seus problemas psicológicos, passando a ser entendidos e aceitos.
As historias dos contos de fadas revelam um precioso acervo de experiências emocionais, e um conto depois do outro vão garantindo que o processo de amadurecimento existe e que tem muito a dizer a cada geração.


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